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A educação ambiental e a transição energética estiveram no centro da primeira sessão do curso sobre metodologias inovadoras para o ensino das alterações climáticas. Sob a orientação de especialistas como Tânia Quriachi Peralta e Enrique González Muñoz, a sessão destacou a importância de adaptar a comunicação e os métodos pedagógicos aos nativos digitais e à geração interativa.
Durante a sessão, foi evidenciado que a gamificação e os modelos educativos interativos são ferramentas eficazes para envolver os jovens na questão ambiental. Exemplos como o Duolingo, que utiliza recompensas para incentivar a aprendizagem, demonstram como a educação pode tornar-se mais atrativa e dinâmica. Além disso, iniciativas como máquinas de reciclagem que oferecem benefícios monetários foram apontadas como estratégias eficazes para sensibilizar as novas gerações para práticas sustentáveis.
Outro tema central foi a necessidade de transformar os modelos de produção e consumo de energia. A transição de fontes fósseis para fontes renováveis e o aumento da eficiência energética são medidas essenciais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Os participantes discutiram desafios e soluções, reforçando que, apesar das dificuldades, esta mudança é possível e indispensável.
A sessão também sublinhou o papel dos jovens nesta transformação, destacando que uma educação orientada para o pensamento crítico pode capacitá-los a enfrentar os desafios ambientais de forma consciente. Jogos educativos, simulações e atividades interativas foram explorados como ferramentas que não apenas transmitem conhecimento, mas também promovem o desenvolvimento de competências cognitivas e sociais.
Com uma abordagem inovadora e prática, a primeira sessão do curso reforçou a importância da educação como motor da transição energética e do combate às alterações climáticas. As próximas sessões prometem aprofundar ainda mais estas estratégias interativas para capacitar as novas gerações na construção de um futuro mais sustentável.




Sessão do curso Metodologias Inovadoras e Interativas para a Educação em alterações climáticas e transição energética
Tema: Cinema e Fotografia: Ferramentas de Consciencialização Eco social
O cinema e a fotografia têm-se afirmado como meios essenciais para a sensibilização sobre questões ambientais e sociais. Através de imagens impactantes e narrativas envolventes, estas formas de arte despertam emoções e incentivam a reflexão sobre os desafios que enfrentamos atualmente.
Um exemplo para trabalhar pedagogicamente esta abordagem é o filme Don’t Look Up (2021), realizado por Adam McKay. A obra, que recorre à metáfora de um cometa em rota de colisão com a Terra, expõe a falta de ação da sociedade e dos governos perante crises globais, como as alterações climáticas. Com um elenco de renome e um tom satírico, o filme gerou debates sobre a urgência da ação climática e a forma como a comunicação social molda a perceção pública dos problemas ambientais.
Para além do cinema, a fotografia continua a desempenhar um papel crucial na consciencialização eco social. Fotógrafos de todo o mundo captam imagens que documentam os efeitos devastadores da degradação ambiental, desde o desmatamento à poluição dos oceanos. Exposições fotográficas e campanhas visuais transmitem mensagens que frequentemente passam despercebidas nos discursos políticos e económicos.
Outro exemplo relevante trabalhado neste curso foi a curta-metragem de animação Migrants, que retrata a crise climática e a migração forçada através da comovente história de dois ursos polares. Forçados a abandonar o seu habitat devido às mudanças climáticas, os protagonistas encontram um grupo de ursos castanhos, enfrentando desafios relacionados com a aceitação e sobrevivência. A animação, visualmente impressionante, é uma metáfora poderosa sobre as dificuldades vividas por migrantes e refugiados, tanto no reino animal como na realidade humana.
A arte visual, seja através do cinema, da fotografia ou dos documentários, tem o poder de influenciar perceções e impulsionar mudanças. Ao sensibilizar os alunos para questões ambientais e sociais, estas formas de expressão contribuem para um futuro mais sustentável e consciente.


Sessão do curso Metodologias Inovadoras e Interativas para a Educação em alterações climáticas e transição energética
Tema: Videojogos: simulação e comunicação como ferramenta para as gerações interativas e digitais
Os videojogos estão a transformar-se numa ferramenta essencial para a aprendizagem e a comunicação entre as novas gerações digitais. Durante um estudo sobre o impacto dos jogos na educação, professores visitaram escolas para avaliar como estas tecnologias podem ser aplicadas na formação de crianças.
Na primeira parte da sessão, foram analisados diversos jogos interativos que simulam situações do quotidiano, permitindo aplicar aos alunos de modo a poderem desenvolver habilidades como resolução de problemas e trabalho em equipa. Os formadores destacaram que a interatividade digital pode motivar os alunos e tornar o processo educativo mais dinâmico e acessível.
A segunda parte da sessão trouxe desafios significativos. A equipa visitou uma escola do 1.º ciclo e verificou que a mesma enfrenta algumas dificuldades em recursos tecnológicos. Apesar da motivação dos professores, a ausência de equipamentos adequados limita a adoção de ferramentas digitais, tornando evidente a desigualdade no acesso à inovação educacional.
Os formadores reforçaram que, para garantir uma educação digital inclusiva, é essencial investir em tecnologia e formação docente, especialmente em comunidades com menos recursos.

Sessão do curso Metodologias Inovadoras e Interativas para a Educação em alterações climáticas e transição energética
Tema: Educação, Inovação e Sustentabilidade: Visita a Trieste – Muggia
A 6.ª sessão do curso Metodologias Inovadoras e Interativas para a Educação em Alterações Climáticas e Transição Energética levou-nos a uma experiência enriquecedora na região de Trieste, à vila de Muggia. Mais do que uma simples visita esta jornada representou uma imersão em práticas sustentáveis e metodologias inovadoras capazes de transformar a educação ambiental.
Ao longo da visita, os participantes tiveram contacto direto com projetos que integram tecnologia e pedagogia para sensibilizar as novas gerações sobre desafios climáticos. Foram exploradas estratégias interativas, desde simulações digitais até iniciativas locais que promovem a transição energética. A ideia central é tornar a aprendizagem mais acessível e envolvente, especialmente em comunidades com menos recursos.
Além da parte teórica, a viagem proporcionou momentos de reflexão sobre as desigualdades no acesso às ferramentas educativas. Observou-se que a implementação de metodologias inovadoras depende não apenas da tecnologia disponível, mas também de políticas inclusivas que incentivem a equidade no ensino sustentável.
Os formadores reforçaram que a educação ambiental deve ser adaptável e envolvente, capaz de gerar impacto nas atitudes e escolhas futuras das novas gerações. A jornada em Muggia não foi apenas uma visita, mas um passo significativo para a construção de um ensino mais consciente e inovador.
